O deputado italiano Angelo Bonelli apresentou uma nova interpelação ao governo da Itália questionando o motivo de a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) ainda não ter sido presa no país.

O documento foi encaminhado nesta quarta-feira (11) aos ministérios das Relações Exteriores e Cooperação Internacional, do Interior, e da Justiça do país e faz os seguintes questionamentos:

Quais as razões que não permitiram à polícia prender ou em caso algum adotar medidas de vigilância e monitorização da procurada Zambelli no momento da sua entrada no território a partir do aeroporto de Fiumicino, cuja situação era do conhecimento do Ministério do Interior pelo menos desde 4 de junho, dia em que informei os ministros interrogados por meio de interrogatório;

Por quais motivos o governo italiano não executou o mandado de prisão internacional contra Zambelli;

Se e quais são as coberturas e os suportes que garantem ou podem garantir a permanência de Zampelli na Itália durante seu período como foragida;

Se e quais medidas urgentes os ministros consultados, cada um por sua competência, pretendem adotar para cumprir as disposições contidas na Lei 144/1991 que estabelece os procedimentos para a extradição de pessoas entre a Itália e o Brasil e especificamente contra Zambelli;

Se não consideram apropriado alterar, na primeira disposição disponível, a Lei 1992/91 para revogar a cidadania daqueles que foram condenados pelo crime de golpe de Estado ou tentativa de golpe de Estado, por crimes contra a humanidade, por incitação à subversão violenta da ordem econômica ou social estabelecida no Estado ou por repressão violenta da ordem política e jurídica do Estado.

O parlamentar também incluiu no documento um questionamento “se o ex-presidente da República Federativa do Brasil Jair Bolsonaro solicitou ou obteve a cidadania italiana e quais membros de sua família solicitaram e obtiveram a cidadania italiana, como Eduardo, Flávio, Carlos e Renan Bolsonaro”.

Segundo o próprio parlamentar, a previsão é de que o governo italiano responda ao questionamento nesta sexta-feira (13) pela manhã.

Blog Caio Junqueira - CNN