PF: Sistema de espionagem custou R$ 5,7 milhões à Abin

19/06/2025 05h22 - Atualizado há 1 mês
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Abin • Antonio Cruz/Agência Brasil

Em relatório que veio a público nesta quarta-feira (18), a Polícia Federal (PF) aponta que o programa de espionagem israelense "First Mile" — utilizado supostamente para monitorar ilegalmente cidadãos e autoridades — custou cerca de R$ 5,7 milhões.

"A contratação do sistema nos termos do contrato n.º 567/2018 [...] se deu ao custo de R$ 5.727.000,00", aponta o relatório da PF. "A motivação para aquisição foi seu uso prioritariamente na intervenção do Rio de Janeiro. Entretanto, os responsáveis pela contratação não enfrentaram a natureza real do sistema, bem como sua execução relegou medidas assecuratórias destinadas a evitar o desvio republicano da ferramenta intrusiva", complementa.

O sigilo do inquérito da Abin Paralela foi retirado hoje pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.

De acordo com o STF, a decisão de retirar o sigilo "foi tomada após a constatação de vazamentos seletivos de trechos do relatório policial, que resultaram em matérias contraditórias na imprensa."

A PF aponta os seguintes nomes como principais envolvidos:

* Alexandre Ramagem: apontado como líder operacional da estrutura criminosa na ABIN.

* Carlos Bolsonaro: tido como idealizador da estrutura paralela.

* Jair Bolsonaro: apontado como beneficiário direto das operações.

* Diversos policiais federais e servidores da ABIN: envolvidos na execução e blindagem da estrutura

Maria Clara Matos - CNN