Criança de Campo Grande é morta pelo próprio pai em João Pessoa

03/11/2025 10h16 - Atualizado há 5 dias

Davi Piazzo se entregou à polícia neste domingo (2)

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(Foto: Reprodução/ Verinho Paparazzo)

O corpo do campo-grandense Arthur Davi Velasques Piazza, de 11 anos, foi encontrado em uma área de mata no bairro Colinas do Sul, em João Pessoa, na noite de sábado (1°). O principal suspeito do crime é o pai do menino, Davi Piazza Pinto, de 38 anos, preso em Florianópolis após se apresentar à polícia. Ele também já morou em Campo Grande, no bairro Vila Planalto.

A vítima era autista, tinha deficiência visual e estava desaparecida desde a manhã da última sexta-feira (31). As investigações indicarão a motivação do crime, no entanto, tudo aponta que tenha sido por vingança, já que Davi não aceitava o fim do relacionamento com a mãe de Arthur. Ela, por outro lado, está em outro relacionamento. Segundo familiares, o término entre os dois ‘se deu há muito tempo’.

Segundo a Polícia Civil, Piazza havia viajado de Santa Catarina –– onde mora atualmente –– para João Pessoa –– onde a criança morava com a mãe –– dizendo que ajudaria a cuidar do filho. Ele marcou um encontro com o menino no bairro de Manaíra, na capital paraibana, tentando reestabelecer uma ligação com a criança, já que o contato entre os dois não era tão frequente.

Investigação

Segundo o delegado da PC, Bruno Germano, Piazza esteve em João Pessoa na quinta-feira (30), e na sexta (31) se encontrou com o filho. Ele havia combinado com a mãe de Arthur que levaria o menino para passar um tempo com ele em Florianópolis, durante as festas de fim de ano, e que esse período seria um ‘teste’.

No entanto, a mãe de Arthur começou a perguntar sobre o filho e a pedir fotos, mas recebia apenas informações de que a criança estava bem. Foi então que neste domingo (2), já em Florianópolis, que Davi ligou para a ex-companheira e informou que havia matado a criança. Davi indicou o local em que ocultou o cadáver e se entregou à polícia.

A maneira como o corpo de Arthur foi encontrado indica que o crime ocorreu logo após o encontro entre os dois. Após matar o próprio filho, Piazza teria levado o corpo até o bairro Colinas do Sul, onde o enterrou em uma área de vegetação. O corpo estava em um saco plástico preto, parcialmente coberto por terra.

Segundo a investigação, Arthur apresentava manchas verdes na região abdominal. A suspeita é de que ele tenha sido envenenado ou asfixiado. Após o depoimento de Davi, a Polícia Civil da Paraíba deve solicitar transferência dela para João Pessoa, onde responderá por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

Familiares

Em Campo Grande, familiares de Arthur lamentam o crime. Segundo uma parente da vítima, que prefere não se identificar, o menino era doce, gentil e tinha uma história incrível de superação. Agora, a família espera que a justiça seja feita.

“O direito de despedida nos foi tirado. Queríamos tentar trazer o corpo pra cá, queríamos que o velório fosse aqui, mas, devido ao avançado estado de decomposição, tudo será feito lá em João Pessoa. Não conseguiremos participar”, lamenta.

A família pretende comparecer a uma delegacia da Capital para acrescentar informações pertinentes sobre o acusado.

Jennifer Ribeiro

MIDIAMAX