Patrão que ajudou assassino de casal a se esconder após o crime vai responder por favorecimento pessoal
Patrão ajudou assassino e adolescente a se esconderem em sua fazenda após o crime
O patrão do rapaz de 27 anos — preso pelo assassinato de Claudio e Rosimeire no Jardim Colibri em Campo Grande — vai responder por favorecimento pessoal. Claudio e Rosimeire foram mortos na madrugada do último domingo (26) e os autores presos horas depois escondidos em uma fazenda no município de Ribas do Rio Pardo.
O crime aconteceu em uma residência na Rua Paiaguás e a polícia encontrou aparelhos celulares, facas, vestígios de sangue e um simulacro de arma de fogo, que foram apreendidos e encaminhados para serem periciados.
Após a localização dos corpos, a Polícia Civil iniciou diligências com equipes do GOI (Grupo de Operações e Investigações) e do Garras (Delegacia Especializada em Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros). Durante as diligências, uma denúncia anônima revelou que os autores estariam escondidos em uma fazenda em Ribas do Rio Pardo.
Assim, as equipes foram até a propriedade rural, onde encontraram um rapaz de 27 anos e seu sobrinho, um adolescente de 17 anos. À polícia, a dupla confessou o assassinato alegando desentendimentos anteriores com o casal e uma suposta ameaça com facão no sábado (25).
Conforme a Polícia Civil, tio e sobrinho relataram que foram até imóvel por volta de 1 hora da madrugada com duas facas. Depois, descartaram as facas e pediram ajuda em um abrigo com o patrão do rapaz de 27 anos.
Com o pedido de ajuda, o patrão teria ajudado a dupla a se esconder em sua fazenda, mesmo tendo ciência do assassinato. Diante dos fatos, o patrão irá responder por favorecimento pessoal.
O adolescente foi apreendido e o rapaz preso por homicídio qualificado por motivo fútil e meio cruel e corrupção de menores. Eles foram encaminhados para a delegacia.
Relembre o crime
Uma testemunha relatou que ouviu gritos e barulhos de discussão por volta da meia-noite de sábado (25). Contudo, somente pela manhã soube do assassinato após a movimentação policial.
À polícia, a testemunha informou que as vítimas eram conhecidas apenas pelos primeiros nomes, sem fornecer outros dados. Relatou ainda que a casa onde o crime ocorreu era frequentemente utilizada para festas, muitas vezes marcadas por discussões e brigas.
O Corpo de Bombeiros foi acionado para o local constatou o óbito das vítimas. Em seguida, equipes da Polícia Civil e da Perícia Oficial, realizaram os procedimentos de praxe.
Durante as diligências, foram conduzidas à delegacia três pessoas para prestar esclarecimentos: a testemunha que estava no local; um homem que admitiu ter se envolvido em uma briga com uma das vítimas na noite anterior; e uma mulher que afirmou que seu marido, havia saído para o trabalho durante o ocorrido, mas retornou nervoso e depois desapareceu.
Lívia Bezerra
MIDIAMAX
