Senadora teme que Coaf não seja votado a tempo

28/05/2019 00h00 - Atualizado há 5 anos
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A polêmica que envolve a devolução do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) para o Ministério da Economia continua acalorada em Brasília. Com a possibilidade da proposta do conselho continuar com o Ministério da Justiça, após votação no Senado Federal, aprovação de medidas provisórias poderão ser prejudicadas. Essa é a preocupação da senadora Simone Tebet (MDB). “O governo está entre a cruz e a espada, porque a Media Provisória está para cair dia 2 e se mudar alguma coisa (no Senado), volta pra Câmara e o governo não sabe se lá ele consegue em tempo hábil (aprovar) e se o prazo caducar o governo fica desmoralizado”, ponderou Tebet.

A senadora acredita que o governo não vai colocar a mão nessa “cumbuca” e apostou na estratégia de que Bolsonaro deixará os senadores a vontade para decidirem e depois ele deverá analisar como resolverá a situação do Coaf. “Acho que pode converter no congresso, inclusive se não houver um lobby para deixar como está e tentar depois uma nova medida provisória e alterar de outra forma, porque a votação vai ser nominal, vão pedir verificação, vai abrir o painel, vai ficar com a digital de quem votou e de um jeito ou de outro, vai ser apertado, mas eu acho que o Coaf vai para o Ministério da Justiça”, declarou.

Porém, mesmo com essa preocupação, a senadora adiantou que tem compromisso com o ministro da Justiça Sérgio Moro em votar a favor do Coaf sob a liderança dele. “É importante que fique com o Moro (o Coaf), devido a esse projeto de combate a corrupção e a Operação Lava Jato”, adiantou.

Em entrevista ao Correio do Estado, a senadora falou de outros assuntos também, como a necessidade, segundo ela, de priorizar as reformas da Previdência e Tributária. Tebet acredita que ainda nesse primeiro semestre a Reforma da Previdência será aprovada. “A informação que eu tenho é que ela já vai vir alterada então isso faz com que o Senado tenha condições de avançar; eu sei da importância, vou votar a favor da Reforma da Previdência, mas não dessa previdência que está aí. Mas eu sei que ela (Reforma da Previdência) vai ser aprovada apesar do governo, o congresso tem essa responsabilidade e sabe que precisa aprovar, declarou.

Por IZABELA JORNADA

Foto: Divulgação

CORREIO DO ESTADO